As Papoulas já haviam virado
ópio há muito tempo. Já tinham sido fumadas e mascadas também. Um dos homens
que fumou uma dessas papoulas sentiu que de repente que uma semente de papoula
começou a germinar no seu cérebro. Todo santo dia em que ia na casa do ópio ele
regava a semente na sua cabeça. Depois de tempos, a flor já estava vistosa.
Todo dia, na Casa do Ópio, o homem admirava a beleza da papoula e a paz
profunda que ela transmitia. Mas depois de um tempo aquela beleza já não era
suficiente e a loucura do mundo lá fora exigia uma paz mais profunda ainda para
o seu cérebro. Foi então que o homem arrancou a papoula com raiz e tudo. Assim
que, a cada visita a Casa do Ópio, ele foi transformando a papoula e o seu
cérebro em ópio. Quando finalizou a tarefa ele respirou fundo e tragou
levemente a paz que tanto sonhava. Tempos mais tarde o homem se deu conta que uma
semente de cérebro começou a germinar em sua cabeça. Mal sabia o homem que sua
paz estava com os dias contados.
Música
do Dia: Nessa Cidade (Vanguart). (De: Hélio Flanders).
Bicho
do Dia: Burro (5811).
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