A incompatibilidade de gênios pode existir em todas as formas de relações e não conviver com ela pode ser uma opção.
Entretanto, na impossibilidade do não-convívio
há de se ter o respeito. O que no outro não é igual a mim é por si só a
confirmação da existência do outro. Em tempos de eleições, por exemplo, as
incompatibilidades ficam a flor da pele. A discussão se acalora. Nas redes
sociais pululam acusações, xingamentos e postagens raivosas. A democracia é
assim, dá voz a todos e é incompatível com a verdade absoluta, mas precisa de
um diálogo franco. O jogo político é
feito de barganhas. Meu conselho para vocês, humanos, é que olhem para o lado e
não só para o espelho. O que aconteceu
na história do país? O que mudou para melhor e para pior na vida dos seus
amigos, família, empregados, patrões, pobres, classe média, ricos? Enfim, se
situe como cidadão, veja, fuce, pesquise. Tem coisas que nem noticiários
parciais e inverdades podem esconder. As coisas estão aí a olhos vistos, basta
sair pra rua, conviver, viver e ver. Independente das incompatibilidades de
gênios, discuta e conclua você mesmo. Minha experiência de anos de convivência
com vocês me faz saber muito bem quais atitudes humanas são as que perpetuam
minha espécie. Está sempre em tempo de vocês saberem quais são as que perpetuam
a sua espécie. O silêncio pode esperar até depois das eleições para dar as
caras. Por hora é debater as compatibilidades e as incompatibilidades para que
nas urnas não tenhamos – olha o poeta da Muda aí de novo -, um silêncio de
morte.
Música
do Dia: Para Vivir (Pablo Milanês).
Bicho
do Dia: 4154 (Gato).
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